Todos os profissionais, tanto CEOs quanto os funcionários que estão na linha de frente, cometem erros que poderiam ser evitados. Todos subestimam o quanto uma tarefa irá demorar em ser concluída, ignoram informações que revelam uma falha no planejamento, ou falham em aproveitar os benefícios empresariais que se apresentam com o melhor dos interesses.

É extraordinariamente difícil reprogramar o cérebro humano para desfazer os comportamentos que levam a cometer esses erros. Existe, contudo, uma outra abordagem: alterar o ambiente no qual as decisões são tomadas para que as pessoas estejam mais propensas a tomar decisões que conduzam a bons resultados.

Líderes podem transformar o ambiente atuando como arquitetos de decisões.  A abordagem necessária exige cinco passos básicos:

1.       Entender os erros sistemáticos que podem ocorrer ao tomar decisões

2.       Determinar se questões comportamentais são o principal problema ao tomar decisões

3.       Localizar as causas implícitas

4.       Refazer o contexto que envolve a tomada de decisões de modo a mitigar os impactos negativos de preconceitos e motivação inadequada

5.       Testar rigorosamente as soluções

Esse processo pode ser empregado em uma ampla variação de problemas, do turnover de empregados, ao não cumprimento de prazos e às más decisões estratégicas.

Por décadas, pesquisadores de decisões comportamentais e psicólogos sugeriram que os seres humanos possuem dois modelos para processar informações e tomar decisões. O primeiro, o Sistema 1 de pensamento, é automático, instintivo e emocional. Esse sistema conta com atalhos mentais de maneira a gerar respostas intuitivas na medida em que os problemas surgissem. O segundo, o Sistema 2, é lento, lógico e deliberado (Daniel Kahneman, vencedor do prêmio Nobel, popularizou essa terminologia no seu livro “Thinking, Fast and Slow”).

Cada um desses modelos de pensamento possuem vantagens e desvantagens distintas. Em muitos casos, o Sistema 1 absorve a informação e toma decisões acertadamente quase sem esforço apenas usando a intuição. Claro que esses atalhos podem conduzir a um caminho errado, e por isso, confiamos também em nosso metódico Sistema 2 de pensamento, que nos diz quando nossa intuição está errada ou quando nossas emoções estão afetando nosso julgamento. Com frequência, porém, permitimos que nossas intuições ou emoções não sejam checadas analiticamente ou deliberadamente, resultando em decisões ruins.

Com HBR